20/05/2019 Universo Holístico
Cura
Olá caros leitores, espero encontrá-los bem! Eu continuo seguindo meu caminho, aquele velho/novo, que me surpreende a cada instante. Começo essa edição falando da dificuldade em escolher uma temática para conversarmos… Quando nomeei essa coluna, eu não tinha a real dimensão da infinitude do que chamamos de holístico! Ou será que tinha? Inconscientemente… Bom, mas isso não vem ao caso agora.
O fato é que nessa de escolhe aqui, escolhe ali, convida fulano, cicrano; o tempo passou e nada de texto. Eu realmente achei que não fosse conseguir publicar. No entanto, em uma das minhas andanças e viagens para fazer formação de professores, nos últimos minutos do segundo tempo, tive uma intuição! Rs. Na verdade esse é nosso primeiro assunto, dentro do assunto, se é que vocês me entendem.
Intuição é a “faculdade de preceder, discernir ou pressentir coisas, independentemente de raciocínio ou análise”. Quem me conhece deve estar rindo agora! Ausência de análise e raciocínio não combina muito comigo! Mas eu estou mudando, faz é tempo! E uma mudança bem genuína, por isso a intuição está desbloqueando. Isso, desbloqueando! O tempo psicológico, que se engendra a partir da nossa saída do “instante já” (parafraseando Clarisse Lispector), quando estamos lançados à sorte ou ao azar de um passado que não volta mais e de um futuro que ainda não chegou. Enfim, estamos presos no labirinto dos multiversos!
O presente é o que existe, o único tempo real… mas vamos ao que interessa de fato. Estar em presença nos conecta com a informação não local e ativa movimentos quem nem nós nunca tínhamos percebido de nossas potencialidades e possibilidades. Isso aconteceu comigo, quando abri uma daquelas revistas que ficam no avião. E tinha um texto que tratava de câncer.
De imediato eu lembrei que tinha no meu e-reader um livro do Deepak Chopra- “A cura quântica”- que havia lido há algum tempo atrás, mas que merecia ser relido. Duas horas de voo, seriam o suficiente para me reconectar com esse conteúdo, achei. Ledo engano, já faz alguns dias que isso ressoa dentro de mim abrindo várias janelas. Por isso, resolvi escrever para vocês. Nosso assunto é CURA.
Claro que não posso ser leviana ao tratar do assunto, por isso preciso deixar muito claro que esse é meu ponto de vista a partir das minhas informações locais que envolvem minhas leituras, estudos e práticas. O primeiro ponto de observação está na capacidade curativa que habita em cada um de nós, que se trata do milagre da vida mesma acontecendo.
Quando levamos um corte ou quando quebramos um osso, esse processo acontece e ninguém o atribui a uma força oculta, sobrenatural, uma mão de cura externa que paira sobre nós operando um milagre. É apenas um processo biológico comum… Aí está a chave! Vou precisar recorrer ao conceito de ecologia humana, cujo aprofundamento você pode encontrar em uma sessão dessa revista, ou em toda ela talvez.
Vamos viajar. Se existem diferentes níveis de realidade multidimensional e multi-referencial, cada um no seu espaço- tempo, isso acontece fora e também dentro. O que isso significa? Trocando em miúdos que existe uma lógica para fora e uma lógica para dentro, interdependentes e dependentes ao mesmo tempo. Portanto, a nossa ecologia é o espelhamento da ecologia do planeta. Aí é uma explicação para a ideia de que nós somos o planeta e o planeta somos nós!
Essa capacidade regenerativa em níveis microcósmicos, dentro do nosso corpo, dentro de nós mesmos, está no macrocosmo. Temos nós a capacidade curativa da Patchamama, por que ela é inteira e esfuziante em tudo que produz e em sua retroalimentação. Não há como ser diferente, temos nós a capacidade de produzir tudo aquilo que precisamos para viver uma vida saudável, feliz e plena.
Me ocorre um texto da Sutra Sagrada “Chuva de Néctar da Verdade”, transcrita nos momentos de iluminação do Mestre Massaharu Tanigutchi, da Seicho-No-Ie :
(…) A matéria é afinal o “nada” e nela não existe qualidade inerente.
O que atribui qualidade à matéria é a mente, e somente ela.
Pensando-se em saúde na mente, aparece a saúde, pensando-se em doença na mente, aparece a doença.
Esta circunstância se assemelha à tela cinematográfica, em que aparece um lutador se nela for projetado um lutador, ou um doente, se nela for projetado um doente; porém o filme cinematográfico em si é incolor e transparente, e nele não existe lutador nem doente; as diversas imagens resultantes da reação do sensibilizador que cobre o filme incolor e transparente é que fazem aparecer ou a figura de lutador, ou a figura de doente.
Porém, tanto o saudável lutador como o débil doente são sombras que aparecem pela reação do sensibilizador, e não são a Realidade.
Se colocardes no projetor um filme incolor e transparente que não tenha imagens resultantes da reação do sensibilizador e na tela projetardes esse filme, não aparecerá o lutador saudável que em breve envelhece e morre, nem aparecerá, e evidente, doente debilitado algum.
O que existirá na tela será unicamente a própria Luz, a própria Vida, que brilhará resplandecentemente.
O que é a mente, nesse contexto? O milagre das moléculas comunicadoras, os nossos neurotransmissores. Intuição, sonho, sentimentos, nenhum desses fica apenas no cérebro, eles são levados aos nossos órgãos codificados através de mensagens químicas. Para que os pensamentos se formem, os neurotransmissores tocam a vida de cada uma de nossas células. Ual, o milagre da consciência, que está para além do que aparece nas tomografias funcionais.
O segredo está no “filme incolor e transparente”. Deixe a sua mente encontrar o melhor caminho para falar com seu corpo, compreendendo que a cura é um processo inerente a natureza humana.
Precisaria de uma revista inteira para continuar falando, por que o tema exige que eu entre na consciência. Vamos ver o que minha intuição diz a respeito das próximas edições! Gratidão pela paciência. Muitas coisas que parecem loucura, começam a fazer total sentido!
Abraços,