REVISTA ESTIMULADAMENTE

Olá amigo leitor, nessa edição seguimos desbravando caminhos que esse grande mundo holístico nos apresenta. Um emaranhado de vivências que se engendram e reforçam a nossa tese de que “tudo está conectado”. Como não é novidade para vocês, estou mergulhando ainda mais nesses estudos, de forma responsável e fazendo as conexões importantes para compreensão de alguns fenômenos.
Eis que conheço o “TSARA DI MONNA”! Sim, um grupo gratuito de diálogos acerca da espiritualidade através de oráculos. Isso já ligou a minha antena, vocês já me conhecem. Quando entrei no TSARA, não tinha uma visão clara do que era Oráculo, tampouco de que existiam oraculistas. Podem rir, mas oráculo para mim eram pedras falantes como aparecem nos filmes, rs…
A Monna Ribas, mediadora desse grupo, gentilmente me acolheu, e então, fui aprendendo que muita coisa está imersa nesse universo dos Oráculos. Claro, entrevistei-a; achei um conteúdo valioso que nos ajudará a sair do senso comum. Se deliciem e aproveitem para tirar aquela dúvida que sempre fica: onde estão escondidas as pedras falantes?! Rs.
A Monna Ribas é Oraculista. Taróloga, Astróloga, Numeróloga, Mestre em Reik, Terapeuta integrativa e Facilitadoras de Cursos oraculares. Lida com oráculos desde os 7 anos de idade, quando iniciou seu longo caminho de aprendizado. Aos 15 anos começou a atender ao público. Hoje, com 39 anos de vida, afirma se sentir feliz em ter 32 anos de sua vida dedicados aos oráculos e Manciais.
Mas o que é o Oráculo? Acho que essa é nossa principal dúvida. Bem, segundo Monna, essa pergunta poderia ser respondida com definições técnicas rebuscada, vindas de um dicionário ou enciclopédia. Mas ela construiu sua resposta de forma simples e real. “Oráculo é um conjunto de respostas obtidas através de uma previsão, adivinhação ou sortilégio, baseado no uso material de um objeto para isso destinado. Esse objeto pode ser: Tarot, Baralho Cigano, Dados, Runas, Espelhos, Búzios, Ossos, Moedas, Sementes, Agulhas, Bola de Cristal, Chama de Vela e etc.”
Ela também nos esclarece que um(a) Oraculista é o mediador, tradutor, entregador das mensagens recebidas e vistas no oráculo. O oraculista é tão importante quanto seu oráculo, pois ambos são peças chaves para ajudar nas questões do consulente. Para que haja uma previsão correta, é preciso que Oráculo e oraculista estejam em perfeita sintonia energética, assim as mensagens chegarão ao consulente da melhor forma possível.
Nesse contexto, um oraculista é a pessoa que lida com um ou mais tipos de oráculos. Possui uma sensibilidade espiritual extrasensorial e mediúnica muito elevada. Essa sensibilidade sobressalta em qualquer momento da vida – às vezes ainda na infância ou juventude, ou um pouco mais tarde. Isso independe da vontade, porém é inesperada. Nossa entrevistada ressalta: “esqueçam a pirotecnia criada em Hollywood acerca do assunto!”. Cada oraculista tem sua experiência própria e única com relação à sua mediunidade. Nunca será igual para ninguém.
Monna completa ainda dizendo que as artes oraculares ou artes Divinatórias, possuem muitos caminhos e esclarece que existem diversos tipos de oráculos advindos de Manciais. Para deixar mais claro ainda, vamos entender o que é Mancia. “É a arte da adivinhação, predizer, ver, ler, perceber energias e fatos futuros”. Ela nos apresenta algumas Mancias que são usadas como Oráculos e reitera que são centenas de Mancias existentes.
Cartomancia: Arte divinatória através da leitura de cartas. Tarot (Diversos) Baralho Cigano, Baralho comum, Baralho Espanhol.
Dadomancia: Arte divinatória através dos dados. Usa-se 2 dados, podendo o nº aumentar de acordo com a experiência do oráculo.
Dominomancia: Arte divinatória através dos dominós.
Quiromancia: Arte divinatória de leitura das mãos e linhas dos seus dedos.
Halomancia: Arte divinatória através do sal.
Actinomancia: Arte divinatória através das estrelas.
Oniromancia: Arte divinatória através dos sonhos.
Aeromancia: Arte divinatória através da observação do movimento do ar entre as folhas.
Antracomancia: Arte divinatória através do carvão (ou madeira) e brasa. Muito usada por indígenas e africanos.
Piromancia: Arte divinatória através da chama de uma fogueira, ou vela.
Ceromancia: Arte divinatória através dos desenhos formados pela cera, derretida da vela. Também pode ser feita pingando a cera sobre uma superfície plana com água, e analisando seus desenhos.
Cafeomancia: Arte divinatória através da borra de café.
Isso só reafirma o que já foi dito: um(a) oraculista pode ter acesso a diversos oráculos. No entanto isso vai demandar muito tempo de estudo e dedicação. Dependerá também da aptidão energética da(o) oraculista, pois pode ter afinidade em muitos ou poucos oráculos.
O que é mais marcante nessa conversa é que a Monna Ribas nos convoca a pensar sobre a ideia de poder que envolve o oráculo e o oraculista.
“Quanto mais acesso à sabedoria oracular maior a responsabilidade do (a) oraculista. Não pensem que maior é o poder, pois não há poder algum. Há sim, um dever e muita responsabilidade, pois oraculista lida com vidas, lida com a alma desnuda dos seus consulentes. O que é dito a cada consulente, pode trazer muita luz em suas vidas se a(o) oraculista for realmente sério. Mas pode destruir uma vida, caso seja somente, um(a) charlatão(ã) (Que existem aos montes infelizmente)”.
Ual é bem por aí! Nossa entrevistada segue enfatizando que a arte oracular deve ser respeitada, difundida de forma correta, e enaltecida, pois ajuda muito, de forma real a quem se permite conhecê-la.
Para ela é imprescindível ressaltar que a arte oracular não está vinculada a nenhuma religião, embora existam religiões que aceitam muito bem a Arte Divinatória. Mas o que precisa ficar claro é que o Oraculista pode seguir qualquer religião ou não seguir nenhuma religião. Basta ter sim, contato com a espiritualidade do universo, ter fé, ser honesto e sério.
O que descobri sobre oráculos? Que é algo muito complexo, que não é possível ser simplista e achar que essa nossa conversa responde muito. Ela foi apenas uma provocação que exigirá muito estudo. Monna nos indica inspiração nas oraculista gregas, que eram virgens reclusas que se dedicavam somente aos estudos e vivências oraculares nos templos da antiga Grécia.
Calma, gente! É só uma inspiração para início dos nossos estudos que de fato precisam sair do censo comum. Adeus àquela história das pedras que falam, o assunto é complexo, sério e merece respeito e dedicação.
Espero que essa entrevista tenha sido útil para vocês, tanto quanto foi para mim. Traduzir esse Universo Holístico é desafiador principalmente pelas questões para as quais não há explicação lógico-racional. Fique na permissão e até a próxima.