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09/05/2019 Minha Onda

A Energia do dinheiro

Um visitante chegou a uma pequena cidade, onde não circulava muito dinheiro devido à falta de trabalho, se dirigiu ao único hotel da localidade e perguntou quanto custava a diária, o dono do estabelecimento respondeu, que o valor era R$ 100,00, prontamente o visitante tirou uma nota e pagou, porém com uma ressalva: queria conhecer o hotel primeiro pra depois decidir se ficaria hospedado. Concordando, o proprietário pediu que um funcionário acompanhasse o hospede na vistoria e sabendo que na cidade não teria outra opção, se apropriou daquela nota e seguiu direto para pagar sua conta no mercado da cidade. O dono do mercado, quando recebeu aquela quantia, tratou imediatamente de quitar sua conta no distribuidor que fornecia carne para o mercado. Dando sequência a esse ciclo, o dono da distribuidora pagou ao dono da fazenda que abate os bois,  que por sua vez, pagou ao veterinário, onde o mesmo quitou um débito com uma garota de programa, que tinha uma dívida no hotel, pra onde a nota de R$100,00, depois de circular pela cidade, voltou. Mas, o interessante dessa estória, é que nesse tempo, o visitante, depois de conhecer as dependências do estabelecimento, chegou para o proprietário e disse que não iria se hospedar, solicitando, assim, o seu dinheiro de volta, no qual foi prontamente atendido, já que a quantia, depois de passar por varias mãos, estava na sua de volta.

Como explicar que aquela nota de R$ 100,00 foi responsável por vários pagamentos e depois saiu de circulação, deixando várias contas quitadas? Como uma simples nota conseguiu conectar tantas pessoas? E é sobre essa energia do dinheiro que vamos mergulhar nesse texto. Como anda sua relação com o dinheiro? Como flui essa energia em sua vida? Ela tem um fluxo contínuo ou tem muitas retenções? Você está vibrando na abundância ou na escassez? Para responder a essas e outras inúmeras perguntas sobre essa energia que move o mundo, vamos entender alguns conceitos sobre o uso inteligente deste poder monetário.

É interessante perceber o dinheiro como um meio e não como um objetivo, já que o objetivo será justamente aquilo que você vai fazer com o dinheiro que irá ganhar. Quero ter uma liberdade financeira(objetivo), pra ter essa liberdade, preciso ganhar quanto de dinheiro(meio). A partir daí você faz seu planejamento financeiro, caso contrário, colocando o dinheiro como objetivo, você nunca saberá quanto será o suficiente, entrando, assim, no ciclo de acumulação de quanto mais ganha, mais realizado você se torna e quando menos esperar, já estará sendo possuído pelas suas posses. Outra coisa interessante é entender que não compramos as coisas com dinheiro e sim com tempo dedicado para aquele ganho, ou seja, por trás de todo valor existe um tempo de vida que foi investido e que não volta mais. E essa conta é fácil de fazer – quantas horas você trabalha, quanto você ganha? Ache seu valor por hora e cada vez que for comprar algo, faz essa relação. Você vai se surpreender quando perceber que um carro, custa um ano de trabalho, que uma bolsa pode custar 3 meses de sua vida, que um relógio chega a custar 4 meses aturando seu chefe.

Tendo essa consciência da relação tempo X dinheiro, podemos perceber a importância de um equilíbrio nessa equação. Não adianta ter dinheiro e não ter tempo pra usufruir, como também, não adianta ter tempo e não ter dinheiro pra gastar. Daí se percebe a importância de um planejamento financeiro, onde o tempo tem que ser priorizado, pensar só em ganhar dinheiro e acumular não é sustentável nem ecológico, é preciso entender que, diferente do dinheiro que vai e volta, o tempo só vai!

Portanto, perceber que o dinheiro é uma energia que precisa fluir e que o tempo presente é a nossa única certeza, podemos concluir que não precisamos viver pra ganhar dinheiro e sim, ganhar dinheiro pra viver! Tendo cada vez mais a certeza que tempo traz felicidade! Termino esse texto com as sábias palavras do Dalai Lama:

Os homens perdem a saúde para juntar dinheiro, depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. E por pensarem ansiosamente no futuro esquecem do presente de forma que acabam por não viver nem no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.

Colaboradores

José Alves

jalvescfilho@gmail.com