Publicidade
07/03/2019 Minha Onda

Resgatando sua criança interior!

A criança que você era teria orgulho do adulto que você se tornou? Pergunta capciosa, que nos leva a refletir sobre o rumo que tomamos em nossas vidas e se ele está alinhado com nossos sonhos e valores que tínhamos quando criança. E para contextualizar esse assunto, vou contar para vocês uma história que retrata bem esse resgate da nossa criança interior. Em um treinamento recente, foi solicitado que os participantes levassem paro o evento, alguma lembrança (brinquedo, fotos, roupas…), que lembrassem passagens de sua infância. Acabei não levando nada, pois não tinha nenhuma foto e nem brinquedo que remetesse minha lembrança para esse período da minha vida.
Comecei a tentar lembrar de algum episódio marcante e não conseguia. E nessa busca, acabei lembrando de uma história recente, onde mais que uma lembrança, eu consegui ter acessa a essa criança que mora dentro de mim e que muita vezes é esquecida e deixa de ter seu espaço, tirando de nós a inocência, alegria, curiosidade e a capacidade de transformar sonhos em realidade, num piscar de olhos.
Essa história aconteceu na casa de um amigo, onde no seu quintal, tem uma árvore frondosa (pé de manga) e que nesse dia eu resolvi que iria subir, pra testar se depois de muito tempo, ainda teria essa habilidade. E para minha surpresa, quando comecei a escalar, senti a presença daquele menino destemido, que com toda energia e determinação me levou de galho em galho para a parte mais alta e me fez recordar, com riqueza de detalhes, aquele tempo de desafios, onde o medo cedia lugar para aventura e as emoções eram afloradas a cada nova descoberta. E essa é a grande diferença entre uma simples lembrança e um resgate da criança interior. No resgate, além da lembrança, vem a energia, vem a entrega, é como se fosse uma regressão, onde você revive com intensidade, momentos mágicos que marcaram sua vida e que ao revive-los, você se reconecta com sua criança, fazendo com que ela volte a fazer parte do seu dia a dia.
Esse processo reforça nossa busca pelo autoconhecimento, esse desejo de conexão com nossa essência, nossos valores e nossos sonhos. Michelangelo quando fazia uma escultura, pegava um bloco de pedra e tirava tudo que não era necessário. E o processo de autoconhecimento é justamente isso, é retirar as camadas que foram colocadas sobre nós pela família, pela escola, pela sociedade, e que ao se despir desses padrões impostos, chegamos ao nosso eu verdadeiro, ou seja, nossa criança interior, desprovida de julgamentos, preconceitos e certezas, buscando em tudo que faz, simplesmente, o desejo de ser feliz!
“Se a criança que você foi um dia, viesse te visitar, será que ela se reconheceria?”
Assista ao clipe “A criança que fui um dia” da Reverb Poesias

Colaboradores

José Alves

jalvescfilho@gmail.com