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07/03/2019 Empresas Conscientes

Como a educação matou a luz da humanidade

É estranho e triste perceber como muitas vezes as inovações que teriam o maior poder de transformar a humanidade, por vezes podem se converter em nossos maiores pesadelos.
Foi isso que aconteceu com a energia atômica, fonte inesgotável de energia, que prometia libertar nossas matrizes energéticas levando energia barata para todos.
A realidade foi bem diferente disso, e vemos hoje a poluição e o risco das usinas termonucleares, sem contar, é claro, com uma recente volta da corrida armamentista nuclear no mundo.
Por incrível que pareça, neste mesmo processo também se encontra a educação em massa.
Muito provavelmente você deve achar que estou brincando ao comparar os males causados pela energia atômica para a humanidade com a educação em massa. Mas a verdade é que não estou.
Como aconteceu com este outro caso, todo o processo de educação em massa teve sua origem baseado em uma boa intenção, que logo depois se converteu em um instrumento a serviço de uma força alienante chamada de industrialização.
Antes da revolução industrial não era comum pessoas que não fossem extremamente ricas terem a chance de sentar em uma sala de aula.
E parecia que tudo ia bem, pois as classes pobres se focavam unicamente em uma educação funcional, orientada para as tarefas da casa, fazenda ou ofício que iriam exercer. Ser educado não era uma condição necessária para a vida em sociedade.
Por isso, no século XVII encontrar alguém que soubesse ler e escrever de forma minimamente clara era algo tão raro quanto encontrar nos dias de hoje alguém que sabe programar em Java.
Mas, quando a revolução industrial aconteceu, este paradigma mudou, uma vez que o aumento da complexidade das tarefas na indústria exigia pessoas que estivessem aptas a realizar bem duas coisas:
Ler, realizar cálculos básicos para executar as instruções básicas que uma linha de produção demanda.
Obedecer e aceitar a rotina de trabalhos alienantes e sem sentido, para o qual estes seriam remunerados sem saber exatamente pelo que estavam sendo cobrados.
Vale lembrar que as gerações anteriores à indústria estavam acostumadas a um estilo de vida com maior liberdade, com prazos de produção mais dilatados e no qual normalmente dominavam todas as etapas da produção.
Logo a indústria chega à conclusão que precisa de um grande aliado para fomentar a transformação deste “recurso humano”. A este aliado seria dado o nome de ESCOLA!
O problema é que, para atender a seus interesses, ela ajudou a formatar um estilo de educação que reproduzisse na íntegra o ambiente de uma linha de produção, criando:

  • Estrutura de sala em linha e que garantem a ordem;
  • Professores que atuam como capatazes;
  • Tarefas e matérias que devem ser aprendidas sem se questionar os motivos ou para que servem;
  • Uniformes;
  • Sirenes de entrada e saída;
  • Avaliação focada nos pontos fracos;
  • Evolução escalonada e segmentada;

Humilhações públicas para quem não se subordina.
Ainda que a revisão deste sistema venha sendo discutida há pelo menos cem anos (como exemplo o Método Montessori, criado por Maria Montessori em 1870 e altamente criticado na época), é preciso dizer que somente nesta década seu fim vem sendo decretado em países como a Finlândia e a Dinamarca, pioneiros na desalienação industrial da educação.
Se a escola fosse realmente algo melhor do que uma máquina de formar mediocridade e pasteurizar pessoas, veríamos conteúdos muito diferentes sendo estudados. Veríamos principalmente:
Inteligência emocional e gestão de conflitos;
Empreendedorismo (de carreira também);
Vendas e negociação (aprender a gerar valor);
Diversidade (aprender a valorizar as diferenças menos óbvias);
Diálogo e Oratória;
Espiritualidade (no lugar de religião) e meditação;
Nutrição e Wellness;
Liderança e protagonismo;
Você já imaginou que sociedade e pessoas formaríamos partindo destes conteúdos?
Se esta fosse a escolha da escola, certamente eu estaria sem emprego, pois teria pouco para ensinar ou agregar para pessoas que não são apenas bem informadas.
Também não seria continuamente chamado em empresas para ensinar liderança e para preparar pessoas para o convívio harmonioso em equipe.
Se a escolha da educação recaísse sobre a SABEDORIA teríamos hoje uma outra sociedade no qual as pessoas:

  • Sabem e gostam de conviver (como seria bom o trânsito!);
  • Sabem dialogar e resolver seus dilemas;
  • Gostam de ouvir com atenção;
  • Sabem colaborar e contribuir mutuamente;
  • Sabem liderar e ser lideradas;
  • Sabem fazes escolhas sábias;
  • Sentem-se conectadas com o mundo em que estão;
  • São gratas por tudo o que têm e são;
  • Respeitam as diferenças;

Assumem suas responsabilidades;
Evitam fazer o mal para outros, para si e para o meio.
Bem, parece que isso agora será possível por uma simples razão: na próxima década a mesma indústria que formatou este processo educacional vai parar de gerar emprego para gente (indústria 4.0), não deixando para nós humanos outra opção que não a de aprender a fazer coisas que as máquinas não fazem.
Porém, ao contrário de muitos que se apegam e revoltam com as mudanças na sociedade, acreditando ser injusto que o modelo industrial agora simplesmente nos descartar, eu penso diferente.
Acredito que o preço que pagamos por este modelo, se trouxe grandes ganhos, cobrou um preço elevado demais.
Por isso me engajo com entusiasmo na transformação da mente das pessoas que me procuram ou que leem meus livros, apresentando para estas um modelo de vida pós-industrial no qual a SABEDORIA, e não apenas o conhecimento, é o foco de nosso estudo e a base de nossa felicidade.
#BORADESENVOLVERSABEDORIA?

Colaboradores

Eduardo Almeida

edu@cgrp.com.br