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01/11/2019 Organização Vibracional

O lar

Já falamos algumas vezes que a estrutura física da nossa casa é como um corpo, com funções e necessidades próprias. Mas como se dá essa construção? Como uma casa ganha vida?

Ocorre que, tudo que é criado nasce duas vezes, uma vez na nossa mente e depois nasce para o plano físico. Quando explicamos para o arquiteto como queremos nosso imóvel, ele imagina e desenha, depois passa para um engenheiro civil que avalia, elabora plantas específicas para traduzir os nossos desejos para um empreiteiro ou mestre de obras que por sua vez junto aos pedreiros, eletricistas, encanadores, vidraceiros, ajudantes, entre outros, dão vida ao que está no papel. É nesse momento que a mágica acontece, o que estava no plano das nossas ideias se transforma em paredes, fios, interruptores…

Algumas vezes essa fase fica por conta das construtoras, e assumimos a criação do ponto em que a estrutura básica já existe, mas sempre damos o nosso toque.

Isso vale para a decoração, para a reforma e para cada detalhe do lugar que vamos habitar ou que já habitamos. Quantas vezes você já se pegou falando “essa mesa eu vou colocar aqui por que ali vai entrar um sofá…” ou “vamos pintar essa parede da cor tal e colocar alguns quadros”, ou mesmo “no apartamento novo quero um lugar somente para eu colocar uma cadeira e poder ler e relaxar”?

Pois saibam que fazendo isso estamos desenhando o nosso futuro, neste momento está acontecendo a co-criação da nossa realidade e invariavelmente as coisas irão acontecer, cada um em seu tempo, mas vão acontecer.

O que pode ocorrer é que ao longo do percurso nossas prioridades e necessidade mudam, e o que seria o “recanto do guerreiro” com chopeira, bateria e até um totó, se transforma em um lindo quarto de bebê. Mudanças para receber um genitor ou genitora que necessitam de cuidados médicos também acontecem com alguma frequência. E então o home office se transforma em um espaço para acolher e receber quem precisa de nosso apoio e atenção. E está tudo bem, esse é o movimento da vida.

Isso nos faz lembrar que tão importante quanto pensarmos nas cores dos cômodos, na posição dos móveis e na decoração, é que possamos imaginar as intenções que desejamos para cada espaço.

É imprescindível termos em mente que a casa é um ser vivo que sente e se manifesta de inúmeras formas. Ela pode tanto acolher como pode também te deixar extremamente desconfortável.

Possivelmente vocês já estiveram em lugares que se sentiram muito bem, a ponto de não querer sair. Ou em sua casa já ouviu: “quando estou aqui nem dá vontade de ir embora”, e a reunião de amigos e família se estendem noite adentro. Mas também existem lugares que você evita ir por não se sentir bem. Não, isso não é coisa da sua cabeça, e nem impressão sua, apesar de ser a impressão que seu corpo tem sobre um determinado lugar.

E o que devemos fazer para que o nosso lar seja o que acolhe?

Bem, inicialmente devemos fazer a conversão de um imóvel para uma casa ou apartamento, e em seguida para um lar. Para além de objetos físicos, que servem para personalizar o lugar e para que todos possam reconhecer quem habita aquele espaço a partir da observação do seu gosto e preferências, necessário se faz imprimir a presença energética no local.

Cores, imagens, objetos e adereços ajudam nesta impressão, mas a forma como os habitantes lidam com o espaço é de fundamental importância para a leveza do espaço. Questões financeiras, ou da relação conjugal podem ser facilmente transferidas para a egrégora da casa. E observamos inclusive mudanças de comportamento das crianças e dos animais de estimação, ainda que nada tenha sido dito fora das quatro paredes do quarto de casal. Vamos ter um momento em outra edição para tratar exclusivamente deste cômodo.

De fato morar em um lugar em que o pagamento das prestações, taxas e condomínios exija sacrifícios e renúncias pode se transformar em um martírio para todos os moradores do lar, e não somente para os responsáveis pelo pagamento, mas essa é uma questão que podemos tratar em um outro ambiente.

De certo o lar para se instalar necessita que se implante as melhores e mais elevadas sensações de prazer, bem-estar, paz, tranquilidade e contentamento, pois é nesse refúgio que retornamos para nos refazer para novo ciclo de demandas, que pode ser o trabalho, estudos ou projetos.

Devemos tomar as ações para que ao final de nossa jornada, quando dissermos “vou para casa”, o nosso coração se encha de alegria, porque vamos para o nosso lar.

Tais Reis
tais_c@bol.com.br

Colaboradores

Tais Reis

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