02/08/2019 Mindfulness
Quem você pensa que é?
Escolho iniciar este artigo com uma belíssima citação do Henry Ford que diz: “Se você pensa que pode ou se pensa que não pode, de qualquer forma você está certo.”
Empiricamente, o que Ford já nos indicava é que nossos pensamentos e conjunto de crenças são fatores determinantes em nossas vidas. Quando ficamos associados aos pensamentos, nos sentindo tomados ou mergulhados neles, então começamos a acreditar e agir conforme aquilo que pensamos Ser. Mas, qual é o resultado de vivermos associados (dentro) dos nossos próprios pensamentos?
A nossa mente maravilhosa é uma fábrica de produzir pensamentos, todos os tipos deles de acordo os nossos próprios filtros sensoriais e percepções de mundo. E isso é inteiramente natural e orgânico, visto ser da natureza da nossa mente. Então por isto, podemos afirmar que jamais se é possível esvaziar a mente, nem mesmo em nossas mais belas e profundas práticas meditativas. Podemos sim, escolher (filtrar) nossos pensamentos tal qual observadores, como que contemplando uma grande tela de cinema, podemos perceber a existência de inúmeros pensamentos que permeiam a nossa mente a cada minuto, muitas vezes a cada segundo (em caso específicos de portadores da SPA – Síndrome do Pensamento Acelerado), e reconhecê-los com amorosidade, e simplesmente deixá-los ir embora da mesma forma que chegaram até nós, sem nos apegarmos a ele(s), ou incorporá-los. Na prática, você pode escolher escrever alguns desses pensamentos importantes, mas talvez não necessários para o seu momento presente (quando eles se apresentam a nós). A ação de escrevê-los em caneta e papel permite uma melhor organização destes pensamentos e principalmente uma possível transferência da sua mente para o papel, onde poderá resgatar este pensamento e olhar para ele com plena atenção em seu momento oportuno. Esta prática do Mindfulness, permite que tenhamos uma melhor auto regulação e relacionamento com nosso fluxo de pensamentos, e possamos fazer sábias escolhas. Promovendo autocontrole da ansiedade e redução do estresse, consequentemente. Afinal de contas, você sabia que nós não somos nossos pensamentos? Acreditaria se eu lhe afirmasse isso, aqui e agora com tamanha convicção e verdade?… (Me escreva compartilhando seu interessante ponto de vista sobre o assunto).
Mas, como perguntamos no início, qual é o resultado de vivermos associados (dentro) dos nossos pensamentos inquietantes?… Então nos tornaremos como um veleiro que durante uma tempestade não tem habilidades com o próprio leme para sua sobrevivência. Tornando seu barco vulnerável e suscetível à completa deriva.
O Mindfulness nos ensina a sermos capitães e marinheiros dos nossos próprios pensamentos e comportamentos, através da plena atenção e auto consciência para uma melhor qualidade de vida e paz interior.
Se um pode, todos podem aprender a praticar! Recomendo ler ou reler o artigo anterior intitulado: Mindfulness – Treine-se para viver suas experiências cotidianas. Indico também assistir no Canal YouTube: Daniela Sopezki, o vídeo; Atravessando Momentos Difíceis – Metáfora do Veleiro. Boas práticas!!