REVISTA ESTIMULADAMENTE

Inteligência artificial, reestruturações produtivas, novos padrões de comportamento e consumo, surgimento de valores como negócio consciente, responsabilidade ambiental e social, legado, propósito, mais do que palavras da moda, esses fenômenos são palavras de ordem e vêm impactando e transformando o mercado de trabalho.
Você está preparado?
O futuro é agora. A busca por um trabalho já acontece e vai acontecer cada vez mais através das plataformas digitais. Não só a busca, mas também o envio dos vídeo-currículos, a triagem destes e, conjuntamente, várias, se não todas, as etapas dos processos seletivos ocorrem on-line.
Nesse cenário de automação, novas profissões ganham espaço, outras ficam estagnadas, mínguam ou até mesmo desaparecem. Quanto a isso nada de novo, sempre foi assim. Mas, o que é curioso neste mundo de (r)evoluções tecnológicas é que tendemos a relacionar a ocupação destes novos cargos a pessoas jovens, aos nativos digitais.
Pois é. No entanto, concomitante as estes adventos da inovação, estamos vivenciando o envelhecimento da nossa população e o interessante é que a permanência dos veteranos no mercado de trabalho é uma realidade. De acordo com dados da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNAD Contínua), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), apesar de os idosos serem o grupo com menor participação no mercado, este percentual vem aumentando, passando de 5,9% em 2012 para 7,2% em 2018. São 7,5 milhões de idosos na força de trabalho. A tendência, segundo o IBGE, é que os idosos devam representar 25,5% da população até 2060.
Assim, avança a participação dos idosos no mercado de trabalho, enquanto cai a da população mais jovem. Nos últimos 5 anos, o contingente dos trabalhadores ocupados com idade entre 18 a 24 anos retraiu de 14,9% para 12,5%, enquanto daqueles com mais de 60 anos cresceu de 6,3% para 7,9% (PNAD Contínua).
Bugou?
Não. É a nova ordem. Torna-se imperativo aumentarmos os esforços para ampliarmos o nosso olhar sobre este tema e expandir a diversidade e os processos de inclusão nas empresas. Esta mistura de gerações não é novidade no ambiente de trabalho, mas preparem-se, porque ela será cada vez mais desafiadora.
Vamos falar mais sobre isso? Acompanhe a nossa coluna nas próximas edições.