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07/03/2019 Planejamento Consciente

Importância da mudança no Planejamento

A Neurociência explica a Plasticidade Cerebral como sendo a capacidade que o cérebro tem de mudar ao longo da vida. Esta capacidade adaptativa do Sistema Nervoso Central é a habilidade de modificar a estrutura e funcionamento em resposta às experiências (estímulos ambientais). Logo, somos dotados da capacidade de trilhar caminhos diferentes.

No jogo interior, proposto por Timothy Gallwey, o Self 1, nosso eu responsável pelo aprendizado conceitual, é também nossa voz julgadora e responsável pela introdução de distorções em cada elemento da ação, em resumo, o causador de grandes interferências e gerador de percepções distorcidas. O Self 1 não é adepto a mudanças. O Self 2, responsável pelo aprendizado, pela vivência, quer nos conduzir a uma vida de diversão, aprendizado, entendimento, apreciação, busca, saúde, liberdade, expressar-se e contribuir com a sociedade, mas tem que silenciar o Self 1 para entrar em processo de mobilidade, onde encontra-se a melhor maneira de mudar.

A psicóloga Carol S. Dweck, escritora do livro Mindset – A nova psicologia do sucesso descreve a maneira como o cérebro forma novas conexões e “cresce” quando as pessoas praticam e aprendem coisas novas, da seguinte forma: ao aprender coisas novas multiplicamos e tornamos mais fortes as conexões no cérebro. Quanto mais você desafia o cérebro a aprender, maiores ficam as células do seu cérebro.

A mudança tem relação direta com o aprendizado. Fomos criados no esquema de comando e controle. No seio familiar, na sociedade e no meio educacional fomos “acostumados” a executar tarefas, recebendo comandos de como estas devem ser executadas.

De forma diferente, se a cada um de nós fosse dada a oportunidade de ser responsável pelas escolhas, sem julgamento de erros e acertos, nosso aprendizado seria mais transformador e gerador de mudanças.

Ainda assim, a capacidade de mudar não é garantia de que a mudança feita irá nos levar em direção ao sucesso. Mudanças aleatórias produzem resultados aleatórios. Como diz Tim Gallwey: “Tornar-se apto a fazer a mudança dentro da mudança pode fazer a diferença entre sucesso e fracasso”.

Busque clareza e extrapole a mudança, mudando sempre que necessário. Pense nas infinitas possibilidades de aprendizado que pode estar perdendo por resistência a mudança.

Lembre-se: seu cérebro foi feito para mudar. Então se arrisque rumo ao desconhecido. Assim como a ciência nos traz maravilhosas descobertas usando o processo de tentativa e erro, você também pode colher bons resultados.

Mas, o processo de mudança tem de ser leve. Talvez você não esteja preparado para erros que o processo de tentativa pode lhe trazer, ou talvez sua criança interior esteja bastante tímida e silenciada para lhe conduzir a um processo de diversão e aprendizado em meio às frustrações.

As mudanças têm relação direta com os hábitos. Quase metade (40%) de todas as nossas decisões são tomadas através de hábitos. Dessa forma gastamos menos energia, ou seja, tarefas repetitivas são realizadas de forma automática. Tarefas simples, como dirigir, podem ser bastante complexas no início, mas depois fica mais fácil. A construção dos hábitos nos leva a tão sombria “zona de conforto”.

Quem faz sempre a mesma coisa, come as mesmas comidas e percorre o mesmo caminho, mantém um método, uma ordem. Esta zona de conforto nos coloca na média, não nos exige o melhor de nós. A não ser que seja pressionado a dar algum resultado ou uma crise o tire desta condição.

Se desejar caminhar a passos largos, rumo a um resultado esperado no seu planejamento consciente conserve hábitos saudáveis, elimine hábitos que lhe roubem tempo para fazer o que é importante e desconstrua hábitos.

Experimente fazer rodízio de caminhos para chegar ao seu local de trabalho ou sua residência, experimente novos sabores, aceite a possibilidade de usar de novos tons de roupa, mude o penteado, aprenda a usar as duas mãos para tarefas simples e complexas.
Permita–se fazer uma coisa nova todos os meses, toda semana e evolua para que todos os dias tenha uma novidade. Lembre-se: não se tem resultados diferentes fazendo as mesmas coisas!

Abaixo algumas perguntas para aumentar sua clareza acerca da sua disposição para mudar:

  • Você muda de opinião com que frequência?
  • Você cultiva a transformação?
  • Você é capaz de defender um ponto de vista até morrer em vez de viver sem ele?
  • O que deseja mudar em você?
  • Quando foi a última vez que fez algo pela primeira vez?
  • O que é o perdão para você?
  • Quem você poderia perdoar?
    Qual hábito você deixaria para traz?
  • Quais ações práticas poderás adotar hoje?

Tenha um bom Planejamento Consciente.

Marcelo Reis
marcelo.reis@estimuladamente.com.br

Colaboradores

Marcelo Reis

marcelo.reis@estimuladamente.com.br