09/11/2018 Vida no trabalho
O que você vai ser quando crescer?
Certamente você já ouviu essa pergunta enquanto criança. E o que você respondeu na infância é o que realmente se tornou hoje? Pela minha experiência em sala de aula e palestras a resposta é não!
Não porque enquanto crianças ainda não temos a dimensão do mundo do trabalho. Não porque o mundo da fantasia é imperioso nesta etapa do desenvolvimento humano. Não porque o tempo de vida das profissões tem sido cada vez menor e o surgimento de novas atividades tem ocorrido a cada dia praticamente. Não também porque muitos pais ou criadores constroem expectativas ou fazem projeções inconscientes acerca do que o filho deve escolher como profissão no futuro.
Mas qual o sentido, então, de se fazer essa pergunta para uma criança?
Poucos pais conseguem observar as habilidades e atitudes da criança e desde de cedo as correlacionar com atividades laborais. Em uma outra perspectiva, pais deixam os filhos livres para este caminho, perguntando apenas o que eles querem exercer como profissão, mas poucos se dispõem a ajudá-los nesta difícil escolha. Vale ressaltar que a adolescência é uma fase da vida marcada por diversas mudanças, incluindo as transformações físicas, biológicas e psicológicas. É também uma etapa de decisões complexas.
Procurar um psicólogo e lançar mão da Orientação Profissional pode ser um passo bem acertado neste momento, pois este trabalho auxilia os jovens a minimizar a insegurança diante de uma escolha; aumenta o conhecimento de si mesmo como forma de fundamentar uma análise mais acurada da situação atual favorecendo a tomada de decisão mais segura; proporciona maior informação sobre outras possibilidades profissionais; amplia o conhecimento da realidade prática da profissão; destaca as habilidades requeridas para o exercício da profissão escolhida e dilata o conhecimento sobre o processo de inserção no mercado de trabalho.
O número de ingressos em cursos de nível superior é bem maior que o número de concluintes e muito dessa evasão se deve às escolhas equivocadas. E, por outro lado, é bom destacar que a escolha não precisa ser para a vida toda. As pessoas podem se redescobrir e mudar de carreira ao longo da vida. Adultos que não estão satisfeitos com a profissão e pretendem investir numa nova carreira ou, mesmo satisfeitos, querem progredir na carreira se utilizam da (re)orientação também para auxiliar na reflexão dos novos propósitos e oportunidades. Existem reorientações até mesmo na aposentadoria.
Nunca é tarde para se descobrir, não é mesmo?
Vamos falar mais sobre isso? Acompanhe a nossa coluna nas próximas edições.