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02/08/2019 Comunicação Transformadora

Comunicar o quê?

Prezada leitora e leitor, gostaria de abrir um diálogo contigo. Você está empreendendo algo. Sua empresa pode ser somente você e nem estar oficializada ainda. Ou pode ser um empreendimento solidificado com algum tempo no mercado, funcionários, filiais, contratos, fornecedores e muitos clientes. O momento econômico talvez não seja dos mais favoráveis ao seu setor. Mas com ou sem crise algo é fato: Pessoas precisam se comunicar. Isto inclui as jurídicas também, claro. Mas, comunicar o quê?
Podemos passar longas horas falando sobre coisas pueris que não tem realmente intenção de mudar ou afetar. Outras conversas mudam o rumo das vidas. Mudanças sutis ou guinadas radicais. Estamos passando por um momento em que nossa constante necessidade de comunicação encontra uma revolução, ainda em ebulição, a da tecnologia da informação. Até bem pouco tempo, 100, 50 ou 20 anos, a atual capacidade de comunicação instantânea, ampla, irrestrita era simplesmente inexistente, impossível para qualquer um. Quanto mais avançamos pela história recente até os dias atuais vemos que essas fronteiras estão desaparecendo. A possibilidade de dizer o que quiser, para qualquer um, a qualquer momento é mais que uma possibilidade para alguns, é uma realidade para todos. Mas, comunicar o quê?
Em 2015, os acessos à rede mundial via aparelhos móveis, os Mobiles, ultrapassaram os acessos via aparelhos desktop, os PCs. Isso em números, para ter um panorama de comparação, é quase como dizer que enquanto alcançava-se 1.5 bilhões de pessoas, hoje, com o Mobile, podemos estar falando com 7 bilhões. Mas, comunicar o quê?
Num vídeo da Google, Mobile Day, disponível no Youtube, encontramos diversas dicas, direcionamentos e questionamentos sobre essa nova forma de conversar, sem fronteiras, sem limites. Dentre elas algo que inquieta até hoje: “Se pudesse falar algo com seu cliente todos os dias, o que você diria?” Você ligaria para o seu cliente todos dias com uma oferta de algo para ele comprar? Temos que conhecer e respeitar os momentos desta relação: Há vezes em que estamos online para ver gatinhos tocando piano. Outras queremos aprender sobre determinado assunto. Há aqueles momentos em que estamos buscando por um produto que satisfaça um desejo. E finalmente, temos momentos em que estamos dispostos a comprar algo. Nossa efetiva comunicação deve contemplar todos estes momentos. Ao construir este relacionamento com nossos clientes, aumentamos nossa chance de ser lembrados quando esses forem fechar um negócio. Mas, comunicar o quê?
Toda empresa nessa economia capitalista deseja lucrar. Mas para que a pessoa jurídica lucre, precisa ter relacionamentos com as pessoas físicas ou jurídicas do mercado. Através da construção de relacionamentos aumentamos a nossa chance de fechar negócios.
Então, qual é a essência do seu negócio? Qual o propósito? O que te fez não fazer outra coisa e abrir o seu empreendimento? Isso! Já parou para lembrar? Qual a dor que sua empresa se propõe a aliviar nas pessoas? Que benefícios você e sua empresa trazem para o mercado que vão além das relações comerciais e do lucro?
Há responsabilidades sociais para a Razão Social. Precisamos levantar a cabeça e olhar além dos muros e tentar enxergar outras oportunidades onde podemos atuar. Programas de inclusão digital, de voluntariado, incentivo a diversidade, a jovens aprendizes; adotar uma casa de caridade ou uma ONG ligada a preservação ambiental; fazer um contrato com uma empresa local de reciclagem de materiais. São inúmeras as oportunidades que temos de agir localmente e pensar globalmente que deixamos passar. Muitas delas sem custo financeiro e muitas com a possibilidade de novos negócios. Essas questões estão em seu horizonte de contemplação quando pensa sobre o que vai comunicar?
Responder essas perguntas pode não ser fácil, e talvez nem mesmo apresente diretamente as soluções para os questionamentos que temos feito. Mas são chave para nos aproximar da forma de comunicação com seus clientes que irá criar relacionamentos e eventualmente fechar mais negócios. O site ou a persona das redes sociais de sua empresa além de dados institucionais e lembranças dos dias comemorativos, comunica sobre o quê?
No livro de Jeff Jarvis, “O Que A Google Faria?”, é sugerido que deveríamos fazer um exercício de tentar enxergar nosso negócio como a Google enxerga o dela. A Google era baseada em um algoritmo de busca que apresenta resultados organizados por relevância. E ainda é. Claro que este algoritmo vem evoluindo. Mas não é só isso. Eles estão muito ligados em tudo mais que seus clientes querem buscar: viagens, fotos, vídeos, mapas, vôos, e-mails, livros, compras… Poxa! Quase tudo que fazemos hoje na rede mundial, passa por ela. E o que isso tem em relação a comunicação de minha empresa? O relacionamento. Existe um genuíno interesse em tudo que envolve o usuário, o cliente. Quando seu cliente pensa no produto, no serviço que sua empresa oferece, ele lembra de você? Ela ou ele conseguem fazer uma relação de excelência entre sua empresa e tudo mais que ela envolve?
Bom, leitora e leitor, fizemos algumas provocações e um convite. Vamos continuar este diálogo? Somos uma iniciativa de comunicação que está germinando nesse solo nordestino. Somos empreendedores baianos. Temos interesse nesse mundo digital e tudo que pode fazer pela comunicação. Buscamos pela sustentabilidade, pelo fortalecimento da economia local, pela acessibilidade, pela inclusão digital e pelas boas práticas. Queremos trazer soluções de comunicação que criem relacionamentos com seu cliente que vão além do negócio. E como o umbuzeiro representa para o sertanejo a esperança, a resistência e a resiliência, somos a Umbu Digital. Fomos convidados pela Revista Estimuladamente para inaugurar essa seção de comunicação transformadora. Aceitamos o desafio. Então fique conosco que nas próximas edições iremos falar mais sobre comunicação com viés em sua ação potencializadora e transformadora.

Colaboradores

Marcos Dimoraes

marcosmoraesf@gmail.com