09/11/2018 Minha Estimuladamente
Assumindo o controle da minha vida
Você já perdeu alguém que você ama, que era seu maior combustível de motivação e referência?
Você já se olhou no espelho e não conseguiu se ver?
Você já se perguntou por que as coisas só acontecem com você? Você já fracassou? Já foi julgada e não sabia como se defender, apenas absorvia e sofria sozinha?
Então minha história pode te trazer muitos insights, fica comigo!
Sou Marcléia Mendes, casada e com 41 anos de idade. Sou mãe de 3 filhos, 1 de quatro patas e tenho uma neta.
Tive uma infância linda, com muito amor. Fui uma filha desejada, tive pais maravilhosos. Mãe professora, funcionária pública, determinada. Pai empreendedor, aventureiro. Fui uma criança/adolescente mimada, cheia de vontades, mas sem nenhuma determinação. Pude estudar em boas escolas, sempre tive bons relacionamentos.
Escolhi ser professora, pois sempre gostei de compartilhar conhecimentos e poder de alguma forma ajudar outras pessoas. Sempre tive um olhar apurado em ver o lado bom das pessoas. Um dado momento da minha carreira saí da sala de aula. Fui ser voluntária na APAE e empreendi no mercado financeiro. Logo saí do Interior e vim para Salvador. Trabalhei em Empresas multinacionais na área de recursos humanos. Mas, o vazio sempre me acompanhava. Não sabia descrever o que era, mas precisava continuar.
Um dos maiores motivos da minha vinda para Salvador foi trazer minha mãe para ter um tratamento de saúde mais efetivo. Esse era o meu maior e único desafio, meu maior sonho em tê-la por muito tempo e sempre estarmos juntas. Mas, infelizmente, chegou o dia dela. Tivemos que nos separar de uma forma dolorosa e complicada. Eu não tinha me preparado para isso. Fazia de tudo para tê-la, mesmo com suas grandes limitações. Me vi perdida, sem ter noção nenhuma do que eu seria sem a minha Ledinha. Sofri meu segundo luto de uma forma dolorosa. Recebi conselhos para fazer terapia. Iniciei minhas sessões, mas não conseguia visualizar muitas melhorias daquela dor que me fazia a cada dia mais sensível, órfã de pai e mãe.
Segui com a terapia. Após 2 meses, recebi um e-mail de um professor, que eu admirava muito, me convidando para conhecer a formação em Coaching, isso em 2012. Não pensei duas vezes e fui me matricular. Não tinha noção do que aquela formação iria me trazer, mas confiei apenas nele e fui. Queria sair do estado onde estava.
Já em nosso segundo dia de formação, começaram os questionamentos: “Você gosta de si mesmo”? “Quem é você”? Me sentia perdida em reunir todos os conceitos que eu tinha sobre mim mesma. Me vendo na roda da vida, dividida em áreas específicas de atuação. Foi um choque para mim, porque eu não tinha noção de fato quem era Marcléia e o que Marcléia queria para sua vida. E pior, não tinha noção do que iria fazer. Foi aí que fiz o processo de coaching individual. Em uma das sessões o coach me fez a seguinte pergunta: “você vive em função de você ou de alguém”? Percebi que eu sempre vivi em função das escolhas dos outros e da melhoria do outro. Sempre disponível para o outro, mesmo que isso significasse me deixar de lado.
Foi então que, naquele momento, percebi que um pedaço de mim também estava sendo morto. Eu não tinha projetos e projetava uma carreira. Neste momento tive duas opções, temer improdutivamente a morte da vida ou usá-la para me ajudar a viver de maneira produtiva.
No caminho encontrava defesas perante a mim. Percebia minha fragilidade naquilo que defendia. Percebi que não podia continuar me manipulando com desculpas, porque a cada defesa vinha a fragilidade, a falta de confiança e o medo.
E foi no Coaching que tive o choque de realidade. Me empoderei e segui. A partir daí eu quem determinava meu próprio valor e tomava minhas decisões. Pratiquei o autocoaching. Estabeleci as metas específicas. Passei a me ver e perceber meus sentimentos sobre mim mesma, do ponto de vista físico, intelectual, social e emocional. Eu mesma tendo opiniões sobre minhas competências. O meu autoconhecimento me trouxe inúmeros pontos positivos e a consciência de pontos de melhoria.
Minhas escolhas estão sempre em mim. A pessoa que aceito ou rejeito. Eu que tenho a decisão e permissão dessa autoavaliação.
Hoje consigo conceituar o luto como um momento de reflexão e de dor. Mas, mesmo no luto, hoje, consigo ver os momentos de felicidade, alegrias e a construção dos sentimentos que ficarão vivos em minha memória.
O Coaching me trouxe muitos aprendizados, um deles é que diante de decisões que envolvam escolher entre assumir ou não o controle da minha vida, me faço a seguinte pergunta: “Por quanto tempo permanecerei morta”? A partir dela, minhas decisões se tornam mais importantes diante das preocupações, do medo e das inquietações.
Hoje, tenho a vida que escolhi seguir, meu caminho é traçado pelas minhas decisões e minhas escolhas. É evidente que, dada a brevidade de minha permanência aqui, convém que seja, pelo menos, agradável e feliz. Em suma, trata-se da minha vida.